(CNN) Oprah Winfrey negou relatos de que foi presa e sua casa invadida pela polícia.
O apresentador do talk show de 66 anos e magnata da mídia tornou-se um dos principais tópicos de tendências do Twitter na noite de terça-feira, depois que rumores começaram a circular nas mídias sociais de que ela, juntamente com outras celebridades, tinha sido presa por tráfico sexual.
Após tomar conhecimento dos rumores, Winfrey foi ao Twitter na quarta-feira para dissipá-los.
Dispondo-se dos tweets, ela disse a seus 42,8 milhões de seguidores: “Acabei de receber um telefonema a dizer que o meu nome está na moda. E sendo atropelada por alguma coisa horrível do FAKE”
“NÃO É VERDADEIRA”, acrescentou ela, “Não foi invadida ou presa”
Ela assinou o post lembrando aos seus seguidores que ela estava fazendo a sua parte para conter a propagação do novo coronavírus, praticando o distanciamento social.
“Apenas higienizando e auto-distanciando-se com o resto do mundo. Fique seguro, todos”, disse ela.
CNN chegou até os representantes de Winfrey para mais comentários.
Oprah parece ser a última celebridade vítima de QAnon, um grupo composto por um número de indivíduos operando de forma independente online, que abraçam teorias de conspiração ultrajantes que eles postam em cada plataforma de mídia social.
Os seguidores postam histórias falsas de uma conspiração em larga escala que coloca o presidente dos EUA, Donald Trump, contra uma elite global que procura assassiná-lo.
Um post no Facebook que ainda está ativo na plataforma de mídia social — tem mais de 1.000 ações — alega que uma casa em Boca Raton, Florida, que dizem ser a casa da Oprah, foi apreendida, corroída com burocracia.
Um vídeo do YouTube liveestream, com mais de 48.000 visualizações, perpetua ainda mais essa conspiração, dizendo que a casa inteira foi arrancada com bandeiras da polícia.
E a Oprah não é a única vítima da mais recente teoria da falsa conspiração de QAnon.
Um post no Twitter — com mais de 2.100 retweets ou ações — alega falsamente que Tom Hanks, que testou positivo para coronavírus na Austrália, foi de fato preso por pedofilia. Diz ainda que outras celebridades da lista A serão prendidas em breve.
O grupo também empurrou a falsa teoria da conspiração conhecida como “Pizzagate”.
Essa teoria tem tido algumas consequências perigosas. Em 2017, um homem da Carolina do Norte, armado com uma espingarda de assalto, abriu fogo numa pizzaria de Washington.
Ele afirmou que estava tentando encontrar e resgatar crianças escravas sexuais que ele acreditava estarem sendo mantidas no restaurante — uma crença alegadamente baseada em sua leitura de uma falsa história que circulava online que ligava o conselheiro de campanha de Hillary Clinton à pizzaria através de mensagens codificadas em seus e-mails vazados.
O homem acabou por se render e ninguém ficou ferido. Foi condenado por posse de arma e está agora a cumprir uma pena de quatro anos de prisão.