O Uso da Lacuna Urinária de ânions no Diagnóstico da Acidose Metabólica Hiperclorêmica

Abstract

Avaliamos o uso da lacuna urinária de ânions (sódio mais potássio menos cloreto) na avaliação da acidose metabólica hiperclorêmica em 38 pacientes com acidificação urinária distal alterada e em 8 pacientes com diarréia.

Em sete sujeitos normais que receberam cloreto de amônio por três dias, a lacuna aniônica foi negativa (-27±9,8 mmol por litro) e o pH urinário abaixo de 5,3 (4,9±0,03). Nos oito pacientes com diarréia a lacuna aniônica também foi negativa (-20±5,7 mmol por litro), embora o pH urinário tenha sido acima de 5,3 (5,64±0,14). Em contraste, a lacuna aniônica foi positiva em todos os pacientes com acidificação urinária alterada, que foram classificados como tendo acidose tubular renal clássica (23±4,1 mmol por litro, 11 pacientes), acidose tubular renal distal hipercalêmica (30±4,2, 12 pacientes), ou deficiência seletiva de aldosterona (39±4,2, 15 pacientes). Quando os dados de todos os sujeitos estudados foram agrupados, foi encontrada uma correlação negativa entre o nível de amônio urinário e a lacuna do ânion urinário.

Concluímos que o uso da lacuna do ânion urinário, como um índice aproximado de amônio urinário, pode ser útil na avaliação inicial da acidose metabólica hiperclorêmica. Uma lacuna aniônica negativa sugere perda gastrointestinal de bicarbonato, enquanto uma lacuna aniônica positiva sugere a presença de acidificação urinária distal alterada. (N Engl J Med 1988; 318:594-9.)

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