Fenômenos paranormais – eventos que não podem ser explicados pela ciência existente – são regularmente relatados na medicina. Pesquisas têm mostrado que a maioria da população dos Estados Unidos e Grã-Bretanha tem pelo menos uma crença paranormal. A informação foi recuperada por pesquisas MEDLINE usando palavras-chave ‘paranormal’ e ‘psíquico’, e da própria coleção do autor. Os relatórios são predominantemente de médicos, e da literatura indexada ao MEDLINE, revisada por pares. Esta é uma amostra representativa, já que não existe uma base de dados para fenômenos médicos paranormais. Apresentados e discutidos são: um caso de lúpus eritematoso sistêmico, melhorado pela bruxaria; uma análise de estudos sobre cura à distância; acupuntura, como ponte entre o que agora é aceito, mas recentemente teria sido considerado paranormal; um estudo cuidadosamente feito de um médium; alucinações auditivas informando uma paciente, corretamente, que ela tinha um tumor cerebral; dois relatos de imprensa leiga quase idênticos de morte auto-prevista; licantropia (a ilusão de ser um animal); o desenvolvimento do inconsciente coletivo de Carl Jung; hipnose – ainda questionada apesar dos benefícios terapêuticos documentados, e um relato bem pesquisado de uma pessoa falando uma língua estrangeira, aparentemente iletrada (xenoglossy) enquanto hipnotizada; e múltiplos exemplos de crianças que falam os detalhes da vida de uma pessoa desconhecida e falecida. A incapacidade dos paradigmas existentes para explicar estas observações não as nega; pelo contrário, elucida uma necessidade de mais investigação.