Comparação da resposta da frequência cardíaca a uma dose de teste de epinefrina e estímulo doloroso em crianças durante a anestesia sevoflurana: variabilidade da frequência cardíaca e análise batimento a batimento

Antecedentes e objetivos: Durante a anestesia regional, podem ocorrer vários estímulos que levam a uma resposta adrenérgica. Entretanto, a simulação de uma dose de teste epidural usando a administração intravenosa de epinefrina (EPI) sempre foi comparada com uma infusão de soro fisiológico intravenoso como controle. O objetivo deste estudo foi avaliar a possibilidade de distinguir em crianças o efeito na FC por uma infusão intravascular de epinefrina e um estímulo doloroso, utilizando a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) e a análise batimento a batimento da FC.

Métodos: Foram estudadas 30 crianças da Sociedade Americana de Anestesiologistas com estado físico P I que necessitaram de cirurgia eletiva. Com 1 concentração alveolar mínima (MAC) de sevoflurano, o eletrocardiograma foi registrado continuamente. A pressão arterial sistólica (PAS) foi medida a cada minuto. As medidas foram realizadas após uma administração intravenosa de 0,5 microg/kg de epinefrina e durante uma pequena incisão cirúrgica na pele (SI). Para estimar o espectro de potência (msec(2)) foi realizada a modelagem auto-regressiva variável no tempo das seqüências interpoladas de RR. As bandas de HF foram definidas por (0,15-0,4 Hz).

Resultados: A idade média (faixa) e peso de todas as crianças foi de 3,5 (1-10) anos e 16 (9-30) kg. O PAE produziu um menor aumento na FC do que o SI. A PAE aumentou significativamente mais do que após a SI. A amplitude da onda T aumentou significativamente após o PAE, mas não após a SI. Sessenta segundos após a primeira alteração na FC, uma diminuição secundária (em comparação com o valor de controle) pode ser detectada com o PAE em contraste com a SI. A potência espectral de HF aumentou significativamente após a administração do PAE, mas diminuiu após SI. A sensibilidade, especificidade e valor preditivo positivo e negativo foram respectivamente para DeltaHR >10 batimentos por minuto de 56%, 26%, 43% e 38%; para DeltaSBP >15 mm Hg de 60%, 86%, 81% e 67%; e para DeltaT amplitude de onda >25% de 86%, 73%, 76% e 84%. Utilizando a detecção da diminuição secundária da FC, 60 segundos após a primeira alteração na FC, a sensibilidade, especificidade e valor preditivo positivo e negativo foram respectivamente 96%, 100%, 100%, e 96%.

Conclusões: A detecção da diminuição da FC secundária, 60 segundos após a primeira alteração da FC, permite-nos distinguir os efeitos de um estímulo doloroso daqueles relacionados com a dose do teste de epinefrina em 1 MAC de sevoflurano. Esta diminuição secundária da FC induzida pela epinefrina aparece principalmente devido a um aumento compensatório do tónus parassimpático.

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